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Neste dia 14 de abril, Brasil e China assinaram um novo acordo comercial. Com o sinal verde da China, agora, 63 indústrias de reciclagem animal do país receberam autorização para exportar proteína processada não comestível de aves e suínos, para uso na alimentação animal ao país asiático.

Além da fundamental atuação do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária, a conquista também é resultado direto da articulação realizada pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), entidade que representa as indústrias de reciclagem animal no Brasil, por meio do projeto Brazilian Renderers, uma parceria entre a Associação e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Há quase uma década, o projeto Brazilian Renderers trabalha em estreita colaboração com indústrias, governo brasileiro e autoridades chinesas, articulando esta abertura e demonstrando o compromisso do Brasil em atender aos requisitos sanitários da China.

Com um PIB de $ 5,16 bilhões de dólares e exportações de 183,2 milhões de dólares para mais de 50 países, gerando 54 mil empregos diretos, a indústria de reciclagem animal do Brasil é uma das líderes mundiais nesse setor e produz, por ano, 5,5 milhões de toneladas em farinhas e gorduras de origem animal. Estes produtos são utilizados como ingredientes para a produção de ração para aves, suínos, pescados e pet food, além das indústrias de higiene e limpeza, cosméticos e até biodiesel.
FONTE: Anuário ABRA, 2021

Articulação e divulgação do setor foram chaves para abertura de mercado

A assinatura do acordo foi destaque na missão oficial do Brasil à China. Na primeira fase de tratativas, entre os dias 20 e 31 de março, a delegação liderada pelo ministro Carlos Fávaro e a equipe técnica do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), trabalhou nos acordos comerciais, demonstrando o compromisso do Brasil em atender aos requisitos sanitários e ambientais da China. O presidente Executivo da ABRA, Decio Coutinho, foi um dos representantes de associações, cooperativas e empresas dos mais diversos segmentos do agronegócio brasileiro que integraram a delegação.

Já na conclusão da missão, o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, assinou o acordo com o governo Chinês. Representando a ABRA, esteve na comitiva o associado e membro do Conselho Fiscal, Hugo Bongiorno. Mais do que defender os interesses do setor de reciclagem animal, o objetivo da ABRA durante a passagem pela China foi estreitar os laços com autoridades e empresários locais, colaborando ativamente para a abertura deste importante mercado.

A articulação da ABRA e do projeto Brazilian Renderers para abertura de mercado para os produtos do setor vem de longa data. Além de reuniões com o Adido Agrícola brasileiro na China, a ABRA liderou comitivas de indústrias associadas ao país em 2014, em 2017 e em 2018, enquanto participava da VIV China, uma das mais importantes feiras de alimentação animal na Ásia, onde ampliou a relação com o mercado e divulgou a melhor imagem das farinhas e gorduras de origem animal brasileiras.

Já em 2019, o evento Projeto Comprador China, realizado pela ABRA e projeto Brazilian Renderers durante o Salão Internacional da Avicultura e Suinocultura (SIAVS), trouxe empresas chinesas interessadas em fazer negócios com o Brasil. O espaço fortaleceu o diálogo entre os países – na avaliação dos compradores e das empresas participantes a ação foi positiva com avanços significativos para a consolidação de bons negócios.

Mesmo no pico da pandemia da Covid-19, em 2020, a ABRA e o Brazilian Renderes mantiveram o relacionamento com potenciais compradores locais, mas de forma virtual. E, em 2021, em formato híbrido (presencial e virtual), mais uma participação bem sucedida na VIV China.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Luísa Schardong, jornalista, MTB/RS 0018094