O avanço rumo à erradicação da febre aftosa na América do Sul ganhou novos capítulos importantes em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia — e a ABRA esteve presente para acompanhar de perto esse momento estratégico para a sanidade animal no continente.
A entidade participou do Seminário Internacional Pré-COSALFA, realizado em 31 de março, e da 51ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), nos dias 3 e 4 de abril. Os eventos reuniram representantes de 13 países, entre autoridades, especialistas e instituições ligadas à saúde animal, com foco em fortalecer o Plano de Ação 2021–2025 do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), mais de 65% do rebanho bovino da América do Sul já está em zonas livres de febre aftosa sem vacinação — um marco histórico para a região. Países como Brasil e Bolívia estão prestes a receber o reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), consolidando o avanço sanitário do bloco sul-americano.
Outro avanço importante discutido durante a COSALFA foi a criação do Banco Regional de Antígenos (BANVACO), iniciativa que visa garantir a disponibilidade de vacinas contra a febre aftosa em caso de surtos em países livres da doença. A Bolívia assinou protocolo de intenções para aderir ao mecanismo, juntando-se a Paraguai e Equador como membros fundadores do BANVACO.
Mais do que acompanhar os avanços, a ABRA busca contribuir com o debate técnico e acompanhar de perto decisões que impactam diretamente a cadeia da reciclagem animal. Estar presente em espaços como a COSALFA reforça o compromisso da entidade com a sanidade animal e com a ampliação do diálogo entre os setores público e privado. A erradicação da febre aftosa é um esforço coletivo — e acompanhar esse processo é essencial para fortalecer a confiança internacional nos produtos de origem animal brasileiros.
Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Luísa Schardong, jornalista, MTB/RS 0018094