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O mundo está cada vez mais de olho nas empresas de reciclagem animal brasileiras. O setor já exporta para todos os continentes, em torno de 40 países, mas tem potencial para avançar. Por trás disso, está o trabalho robusto do projeto Brazilian Renderers, realizado pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Sempre buscando a oportunidade certa para multiplicar resultados de valor, o setor marcou presença no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS 2022), principal encontro da avicultura e da suinocultura do Brasil, em São Paulo.

Além de espaço para estreitar laços e impulsionar negócios no estande, a reciclagem animal promoveu debate e rodadas de negócios. Em sua 4ª edição, o Diálogo Técnico: Reciclagem Animal, foi uma das atividades apresentadas na feira, dentro do Projeto Comprador América Central, executado pelo Brazilian Renderers.

O presidente do Conselho Diretivo da ABRA, Pedro Bittar, deu as boas-vindas aos participantes e palestrantes. À frente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin também falou na abertura.

Em formato híbrido, o evento atraiu a participação de mais de 120 pessoas.

Impulsionar mercado exportador

O primeiro bloco teve a fala do gestor de Mercado Externo ABRA e gerente do Projeto Setorial, Juliano Hoffmann, que abordou a situação atual dos mercados prioritários e secundários do projeto Brazilian Renderers.

“Um setor pujante e que só cresce. A empresa que se soma ao projeto Brazilian Renderers só tem a ganhar”, frisou. Segundo ele, em 2021, o Brasil processou 13 milhões de toneladas de resíduos e produziu 5,5 milhões de toneladas de farinhas e gorduras de origem animal. “Produzimos muito e podemos exportar mais”, destacou.

Na lista dos mercados-alvo do Brazilian Renderers estão Filipinas, Rússia, México, Peru, Nicarágua, Honduras, entre outros. Das 83 empresas apoiadas pelo projeto, 35 delas exportam para países como Chile, Vietnã, Estados Unidos, África do Sul e Colômbia. “O Chile é o nosso maior comprador, com um crescimento médio anual de 35,3%. É o país que eu indicaria, para quem busca exportar pela primeira vez, pela relação de transparência”, ressaltou.

Um trabalho incessante que, segundo ele, ganha força a cada participação do Brazilian Renderers no exterior. “O que mais a gente escuta nas participações internacionais é que temos uma das associações de rendering mais atuantes do mundo. O que nos deixa muito orgulhosos”, comentou.

Ao final da palestra, Hoffmann tirou dúvidas dos participantes sobre a abertura de novos mercados mundiais.

Tecnologia e Inovação como aliados

No segundo bloco, o Diálogo Técnico trouxe palestras com foco em tecnologia e inovação no setor de Reciclagem Animal, sendo três delas, ministradas por patrocinadoras do evento. A Eurotec Nutrition, trouxe a apresentação de Thiago Schurhaus, da coordenação de vendas da empresa, que falou sobre inovação aplicada às indústrias de reciclagem animal.

Schurhaus citou soluções que melhoram rotinas nas indústrias do setor  como o Eurocontrol 4.0. Plataforma on-line que rastreia e monitora remotamente todo processo de aplicação de aditivos voltados para a nutrição animal. “Hoje a maioria das plantas rendering são auditadas e o sistema Eurocontrol 4.0 é visto como um diferencial em relação ao controle do processo de aplicação de aditivo”, ressaltou.

A tecnologia na extração de óleo de origem animal e a agregação de valor na produção do setor de rendering também foram abordadas no seminário, com a apresentação de Leandro Ferreira, diretor da Dupps do Brasil.

Para ter alta performance na extração de gorduras, ele recomenda olhar dois processos: o cozimento e prensagem. “Para cada cliente, tem uma engenharia, um know how e uma aplicação. Em uma única prensa são 23 tipos de eixos para atender diversos tipos de produtos”, explicou ao apresentar o resultado da tecnologia aplicada na prática.

Outro ponto de destaque foi o aumento de economicidades (redução dos custos de produção) e concorrências com ferramentas e métodos inovadores na reciclagem animal, com Maínne Xavier, diretora de Operações da M2 Tecnologia.

Maínne citou algumas tendências tecnologias que agilizam processos como a armazenagem de dados em nuvem, cibersegurança, Big Data, realidade aumentada, OIT – internet das coisas e impressões 3D.

“Vendo a realidade hoje das fábricas de reciclagem animal, falar de tecnologia, indústria 4,0, motiva ou assusta?“, questionou aos participantes. Ela reforçou ainda que qualquer fábrica de reciclagem animal pode ter tecnologia, mas desde que bem diagnosticada, planejada e implantada e que todos consigam usar os dados.

Maínne lembrou também que o próprio governo federal vem desburocratizando processos por meio de soluções inovadoras. “A Nota Fiscal Eletrônica e o SIPEAGRO são dois exemplos disso. O digital, a automação de processos é um caminho sem volta. Quem não inovar, tende a cair”, concluiu.

Inteligência tributária

As vantagens competitivas por meio da inteligência tributária no setor também ganharam destaque no evento com a palestra do CEO da EVROS Inteligência Tributária, Ueskley Roberto, empresa parceira da ABRA. Ueskley trouxe solução eficiente e segura que pode otimizar processos das indústrias de reciclagem animal, no que tange à gestão das questões tributárias.

“Façam o mesmo que o setor tributário brasileiro. Usem a tecnologia e a informação digital a seu favor. Quem entendeu isso e adota rotina tributária mais ágil, intuitiva e segura consegue pleitear créditos de forma assertiva, acelerar processos e reduzir custos”, sugeriu aos participantes.

Brazilian Renderers

Desde 2012, a ABRA e a ApexBrasil promovem o projeto Brazilian Renderers com o objetivo de fomentar as exportações do setor de Reciclagem Animal – farinhas, gorduras, gelatinas e hemoderivados de origem animal. Por meio da participação em feiras, realização de workshops e outras ações especiais de promoção comercial, os projetos valorizam atributos da indústria da reciclagem animal e seus produtos – como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção – e valorizam as marcas internacionais dos produtos, fomentando novos negócios para os exportadores brasileiros. Informações sobre como fazer parte dos projetos setoriais podem ser obtidas pelo site brazilianrenderers.com

 

Sobre a ABRA

A ABRA é uma entidade que representa as indústrias do setor de reciclagem animal produtoras de farinhas, gorduras, gelatinas e hemoderivados de origem animal. É uma entidade sem fins lucrativos. Foi fundada em 2006 e trabalha para promover os seus associados, divulgar ações voltadas para o segmento, intermediar a relação com outras entidades e órgãos governamentais, além de fomentar a geração de negócios no mercado nacional e internacional. Para saber mais, acesse: abra.ind.br

 

Sobre a ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, e visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A ApexBrasil também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atrair investimentos estrangeiros diretos (IED) ao Brasil, com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país. Para saber mais, acesse: portal.apexbrasil.com.br

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Elisete Tonetto, jornalista