Entre 17 e 19 de setembro, o Brazilian Renderers esteve em Brisbane, na Austrália, participando do Simpósio Internacional da Associação de Renderers Australiana (ARA). Uma parceria entre a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Projeto acompanhou de perto a programação da 17ª edição do tradicional Simpósio.
Coordenador Técnico da ABRA e Diretor Técnico da World Renderers Organization (WRO), Lucas Cypriano representou a ABRA/Brazilian Renderers no evento e ministrou uma palestra sobre o mercado sul-americano de rendering.
Além de posicionar o Brasil como um fornecedor estratégico, a participação do Brazilian Renderers no Simpósio fortaleceu ainda mais a imagem e a presença do rendering nacional no exterior. Ainda, proporcionou que as empresas brasileiras acompanhassem tendências globais, garantindo competitividade e crescimento no cenário internacional.
Programação: sustentabilidade em foco
Nesta edição, o Simpósio da ARA abordou temas como a Sustentabilidade e a Economia Circular, com discussões sobre biocombustíveis, insights de mercado, avanços da indústria e perspectivas futuras. Com palestras de especialistas, além de painéis interativos e várias oportunidades de networking, o evento contou com exposição comercial, oferecendo ótimas oportunidades para interagir com líderes do setor.
No primeiro dia de evento, a equidade de gênero no rendering ganhou relevante espaço na programação, ampliando e aprofundando debates provocados pelo próprio setor e pelo governo australiano — uma importante pauta que o Brazilian Renderers já vem incorporando em suas ações desde o início do ano.
Discussões, também, a respeito da presença de plástico em farinhas de origem animal em que países que acoplam promotores ao rúmen de animais de criação e não os segregam no abate, explicando os resquícios existentes em produtos. Fechando o primeiro dia de palestras, o Brazilian Renderers teve acesso a dados de exportação e importação envolvendo o mercado internacional.
A programação do segundo dia do Simpósio voltou-se para o uso de gorduras no biocombustível, um mercado que está de olho em fontes de gordura de baixa emissão e que encontram um excelente fornecedor no setor de reciclagem animal. Ainda, discussões sobre o emprego de óleo de fritura usado em biocombustíveis, prática adotada pela China.
Sustentabilidade foi o tema que dominou o último dia de palestras do Simpósio da ARA. Destaque para a apresentação da North American Renderers Association (NARA): a entidade compartilhou uma estratégia, ainda em desenvolvimento, para cálculo da pegada de carbono dos ingredientes da ração — uma ferramenta fantástica para nutricionistas verificarem, em números, a diferença entre fórmulas com e sem ingredientes de origem animal.
Ainda, a palestrante Margaret Jewell, representando a FAO/LEAP, abriu espaço na agenda do Simpósio para debater a conceituação de bioeconomia circular, uma definição que muito interessa ao setor de reciclagem animal. Segundo a FAO/LEAP, podem ser considerados produtos rotulados de “bioeconomia circular” somente aqueles que retornam diretamente para a produção animal. Ou seja, a gordura como ingrediente para biocombustível, por exemplo, seria considerada um produto de baixa pegada de carbono ou um produto sustentável; mas não integrante da bioeconomia circular. Na mesma linha, toda gordura e farinha de origem animal produzida pelo rendering, quando destinada para alimentação animal, seria, portanto, considerada produto da bioeconomia circular. Essa recomendação da FAO/LEAP deve ser aprovada em breve como referência mundial para o mercado.
Brazilian Renderers
Desde 2012, a ABRA e a ApexBrasil promovem em parceria o projeto Brazilian Renderers, com o objetivo de fomentar as exportações do setor de Reciclagem Animal — farinhas, gorduras, hemoderivados, palatabilizantes e proteínas hidrolisadas de origem animal. Por meio da participação em feiras, realização de workshops e outras ações especiais de promoção comercial, os projetos valorizam atributos da indústria da reciclagem animal e seus produtos — como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção — e valorizam as marcas internacionais dos produtos, fomentando novos negócios para os exportadores brasileiros. Informações sobre como fazer parte dos projetos setoriais podem ser obtidas pelo site brazilianrenderers.com.
Sobre a ABRA
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) é uma entidade que representa as indústrias do setor de reciclagem animal produtoras de farinhas, gorduras, hemoderivados, palatabilizantes e proteínas hidrolisadas de origem animal. É uma entidade sem fins lucrativos. Foi fundada em 2006 e trabalha para promover os seus associados, divulgar ações voltadas para o segmento, intermediar a relação com outras entidades e órgãos governamentais, além de fomentar a geração de negócios no mercado nacional e internacional. Para saber mais, acesse: abra.ind.br.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, e visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A ApexBrasil também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atrair investimentos estrangeiros diretos (IED) ao Brasil, com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país. Para saber mais, acesse: apexbrasil.com.br.