Belém (PA) recebeu a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), e a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) integrou oficialmente a delegação brasileira no evento. A presença de delegado da ABRA na comitiva do Governo Federal assegurou ao setor um espaço qualificado nas discussões que orientam as políticas climáticas internacionais.

O credenciamento na Zona Azul, área de negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), abriu caminho para que a reciclagem animal participasse dos debates técnicos que definem padrões, metodologias e diretrizes internacionais. Trata-se de um espaço onde poucos segmentos do agro têm voz direta — e onde as decisões avançam com forte impacto regulatório.

 

Atuação em três frentes estratégicas

A COP sediada no Brasil ampliou a participação do setor ao distribuir discussões e públicos em diferentes ambientes. A ABRA passou a transitar simultaneamente entre eles:

Blue Zone — negociando o futuro
É onde ocorreram as tratativas oficiais entre países, side events técnicos e articulações que impactam regras de carbono, rastreabilidade e transição para sistemas agropecuários de baixa emissão. O delegado da ABRA circula neste espaço, acompanhando negociações que já influenciam protocolos internacionais e modelos de certificação.

Green Zone — ciência, inovação e transição verde
Neste ambiente, a ABRA dialoga com universidades, centros de pesquisa e iniciativas tecnológicas, apresentando a reciclagem animal como caso concreto de economia circular em escala industrial — reaproveitando resíduos da pecuária e convertendo-os em insumos estratégicos para a produção de proteínas, energia e nutrição animal.

AgriZone — o agro brasileiro em evidência
Voltada ao intercâmbio entre governos, organismos internacionais e lideranças do setor, a AgriZone permite discutir como a reciclagem animal integra sanidade, tecnologia e eficiência ambiental em um país que exporta para mais de 150 mercados.

 

 

ABRA participa de painel da FAO sobre bioeconomia circular

A COP30 também abriu espaço para discussões aprofundadas sobre o futuro dos sistemas pecuários. Em 14 de novembro, a Parceria da FAO para Avaliação e Desempenho Ambiental da Pecuária (LEAP) realizou o painel “O Papel da Pecuária em Sistemas de Bioeconomia Circular”, no AgriZone, com participação da ABRA.

Promovido na Embrapa Amazônia Oriental e moderado por Alexandra de Athayde — presidente da FAO LEAP em 2025 e diretora-geral da Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais (IFIF) — o encontro destacou conceitos e metodologias da nova Diretriz FAO LEAP sobre Bioeconomia Circular.

O debate reuniu autores do documento e representantes do setor produtivo (entre eles a ABRA), que discutiram desafios e oportunidades para ampliar práticas circulares na pecuária, especialmente na América Latina. A reciclagem animal foi apresentada como elo fundamental dessa transição, ao reunir tecnologia, sanidade e aproveitamento integral de resíduos, elementos essenciais para sistemas agropecuários mais eficientes e de menor impacto climático.

 

 

Sustentabilidade traduzida em gesto: kits especiais da reciclagem animal

Durante a COP30, a ABRA apresenta um kit especial produzido a partir do sebo bovino, ingrediente natural e renovável resultante da reciclagem animal. O kit inclui um creme e um sabonete corporal formulados com base lipídica cuja composição se aproxima da pele humana, rica em ácidos graxos essenciais que nutrem, regeneram e fortalecem a barreira cutânea.

Mais que um brinde, o conjunto simboliza o compromisso do setor com a inovação e a bioeconomia circular, mostrando como a cadeia transforma resíduos da pecuária em soluções de alto valor tecnológico e ambientalmente responsáveis.

 

A presença da ABRA na COP30 reforçou o engajamento institucional nas agendas de clima, sustentabilidade e bioeconomia. Entre negociações, debates técnicos e interações internacionais, o setor leva ao mundo uma mensagem clara: a reciclagem animal é um componente estruturante da economia circular brasileira e parte ativa da transição para sistemas agropecuários mais eficientes e resilientes.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Luísa Schardong, jornalista, MTB/RS 0018094

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