O aumento das tarifas norte-americanas sobre o sebo bovino brasileiro — que chegaram a até 50% — movimentou o setor de reciclagem animal e reacendeu discussões sobre a dependência comercial dos Estados Unidos. O tema ganhou destaque nacional em duas reportagens, publicadas pelo portal GaúchaZH e pelo UOL Economia, com análises da ABRA.

Em entrevista à GaúchaZH, o presidente do Conselho Diretivo da ABRA, Pedro Bittar, explicou que, no início, o impacto foi contido por contratos já firmados, mas alertou para a incerteza dos próximos meses. Segundo ele, alguns compradores chegaram a pagar bem mais caro para manter o fornecimento, o que revela a importância estratégica do sebo bovino no mercado internacional.
“Se não houver uma negociação entre os governos brasileiro e norte-americano, teremos que esperar para ver o que acontece. Mas os EUA precisam desse sebo, principalmente para a redução de emissões de gases de efeito estufa”, afirmou Bittar. Ele também destacou que o setor vem ampliando o acesso a novos destinos, como Singapura e Reino Unido, reduzindo a dependência de um único mercado.

Já ao UOL Economia, o presidente da Câmara de Comércio Exterior da ABRA (Camex-ABRA), Charbel Syrio, destacou o impacto imediato do tarifaço. “As vendas caíram a zero nos últimos meses”, relatou, explicando que contratos de médio e longo prazo foram suspensos após a medida. Até agosto, o Brasil já havia exportado US$ 330 milhões em sebo bovino aos Estados Unidos, superando todo o volume de 2024 — uma trajetória interrompida

 

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Luísa Schardong, jornalista, MTB/RS 0018094

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.