O presidente da Câmara de Comércio Exterior da ABRA (Camex-ABRA), Charbel Syrio, foi entrevistado pelo UOL Economia em reportagem sobre os efeitos das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos às exportações brasileiras, que chegaram a até 50% em alguns produtos — entre eles, o sebo bovino, insumo estratégico para biocombustíveis.

Segundo Syrio, o impacto foi imediato. “As vendas caíram a zero nos últimos meses”, relatou, explicando que contratos de médio e longo prazo, que garantiam previsibilidade ao setor, foram suspensos ou cancelados após a medida.

Os dados reforçam a gravidade do cenário: apenas nos oito primeiros meses de 2025, o Brasil já havia exportado US$ 330 milhões em sebo bovino aos Estados Unidos (cerca de R$ 1,75 bilhão), superando todo o volume de 2024. A projeção era fechar o ano entre US$ 450 milhões e US$ 500 milhões, mas o tarifaço interrompeu esse ciclo de expansão.

Enquanto parte da produção tem sido redirecionada ao mercado interno, favorecida pelo aumento da mistura obrigatória de biodiesel de 14% para 15%, a solução passa pela negociação política. “O ideal seria voltar à tarifa zero. Mesmo algo entre 10% e 15% já tornaria o negócio novamente viável”, destacou Syrio, lembrando que a ABRA tem dialogado com o governo brasileiro e com empresas americanas para buscar alternativas.

A íntegra da entrevista pode ser conferida no UOL Economia.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Luísa Schardong, jornalista, MTB/RS 0018094

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