A reciclagem animal ganhou um norte para atravessar os próximos 20 anos. A ABRA, em parceria com o Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas – Goiás, apresentou aos associados o estudo Visão 2045: Inovações e Estratégias para o Setor de Reciclagem Animal. O material, construído com base em análises estatísticas, séries históricas e tendências globais, foi entregue, nesta quarta-feira (13), como bússola estratégica para orientar as indústrias em um cenário marcado por mudanças rápidas e pressões crescentes.
O ponto de partida do rendering brasileiro é sólido: em 2023, o setor processou 13,7 milhões de toneladas de matérias-primas, gerou R$ 27,9 bilhões em PIB e exportou US$ 570 milhões em farinhas e gorduras de origem animal. Esses números, somados à previsão de expansão contínua da produção de carnes no Brasil, sustentam a projeção de que o volume processado ultrapasse 17,5 milhões de toneladas até 2045.
Mas o estudo vai além das estatísticas. A Visão 2045 desenha quatro possíveis cenários de futuro, que consideram desde a consolidação do Brasil como gigante da proteína animal até a transformação do setor em biorefinarias verdes, com coprodutos valorizados na bioenergia e na química sustentável. Em outras hipóteses, o avanço das proteínas alternativas e as exigências ambientais redesenham o espaço de atuação da reciclagem animal, exigindo maior capacidade de adaptação e geração de valor em nichos especializados.
Para o presidente do Conselho Diretivo da ABRA, Pedro Bittar, o estudo reforça a necessidade de manter o olhar adiante: “Inovação e busca por novos mercados são fundamentais. O empresário precisa encontrar saídas e ser criativo, e a ABRA tem o papel de apoiar essa expansão e inovação do setor”, afirmou.
Com gráficos, projeções e indicadores comparativos, o estudo oferece uma visão estruturada sobre os caminhos que podem se abrir ao setor. As empresas associadas passam a contar com uma referência exclusiva para apoiar suas decisões estratégicas e alinhar seus planos de longo prazo às transformações que já estão em curso no mercado global.
A apresentação completa está disponível na Área do Associado no site da ABRA.
Fonte: Assessoria de Comunicação ABRA
Luísa Schardong, jornalista, MTB/RS 0018094
