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A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu, durante reunião em São Paulo no último dia 5, a proposta de um novo protocolo União Europeia (UE), entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os proponentes do documento – CNA, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) – aguardam a resposta do ministério sobre o memorial descritivo.
Enquanto isso, segundo o presidente da comissão, Antônio Pitangui de Salvo, os pilotos do novo protocolo deverão ser implantados nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás para execução prática e elaboração do Manual de Procedimentos.
“O atual protocolo é criticado pelos produtores, tanto que tem causado evasão dos pecuaristas do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), restringindo assim o potencial de exportação da carne bovina brasileira para a União Europeia. O novo modelo ajudará a aumentar a competitividade do setor”, afirma o dirigente.
O representante da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Tocantins (Faet), Nasser Lunes, pediu para a comissão que faça interlocução entre as federações do Distrito Federal, Rondônia e Tocantins para a continuidade dos trabalhos em relação ao reconhecimento destes estados como áreas habilitadas para exportação de carne in natura para a UE.
Também foi debatida a ampliação das exportações de material genético. A CNA e a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) elaboraram uma proposta de ampliação das exportações de sêmen, embriões e bovinos vivos para reprodução.
Outro tema da pauta da reunião foi a classificação de carcaças, assunto no qual a confederação está elaborando proposta de uma nova regulamentação sobre a classificação de carcaça bovina mais simplificada que o regulamento atual. Além disso, a proposta deixará de ser obrigatória para ser facultativa entre produtores e frigoríficos.
Sanidade, calendário nacional de vacinação contra febre aftosa, Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose, e avaliação do Projeto Carne Carbono Neutro também estavam no debate.
 
Palestras
Durante o evento, o pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Sérgio De Zen, falou sobre o cenário técnico-econômico da pecuária de corte brasileira.
Já os analistas de mercado em pecuária de corte Gabriela Ribeiro e Rildo Moreira, ambos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), departamento também da Esalq, apresentaram a validação dos dados do Projeto Campo Futuro/Pecuária de Corte.
 
Fonte: Carnetec